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Manual de Segurança.

Edição revista 2010

Riscos Higiénicos

2. Poluentes Químicos

Entende-se por poluentes químicos aquelas substâncias que, na forma de pó, fumos, gases ou vapores, são libertadas para o ambiente de trabalho como consequência do seu manuseio ou da sua geração durante os processos de trabalho e, quando presentes em quantidade suficiente, podem chegar a causar transtornos na saúde das pessoas expostas.

O quadro abaixo mostra uma classificação dos poluentes químicos em função dos seus efeitos prejudiciais à saúde.

EFEITOS CARACTERÍSTICAS POLUENTES
Pneumoconiótico Reduce la cantidad de aire inhalado Sílice, Carbón, Amianto
Corrosivo Acción corrosiva sobre los tejidos Ácidos, Álcalis
Irritante Irritación de la piel o vías respiratorias Amoniaco, ozono, cromo
Sensibilizante Alergias en individuos sensibles: dermatitis, etc. Cemento, Polvo de madera
Narcótico - Anestésico Actúa sobre el sistema nervioso central Disolventes en general
Asfixiante Simples Desplaza el oxígeno del aire Dióxido de carbono, Butano
Químico Dificulta el transporte de oxígeno Monóxido de carbono, Cianuros
Cancerígeno Puede producir cáncer Benceno, Amianto, Arsénico
Tóxico Sistémico Alteraciones dañinas en órganos o sistemas Plomo, Manganeso, Mercurio

A sobrexposição aos poluentes químicos pode dar lugar a diferentes doenças profissionais, por isso, é necessário conhecer as concentrações desses poluentes no ambiente de trabalho, para poder compará-las com valores standard elaborados pelos organismos competentes, a fim de avaliar a situação em cada caso.

Tradicionalmente, os valores standard mais utilizados pela higiene industrial na Espanha, desde os inícios da década de 70, têm sido os TLV (Threshold Limit Values) elaborados segundo os critérios norte-americanos, fixados pela American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH).

A partir de finais dos anos 90, como consequência do desenvolvimento das normativas comunitárias a este respeito, na Espanha começou-se a utilizar preferencialmente como standard os valores propostos pelo INSHT nos seus respectivos Guias Técnicos, denominados Valores Limite Ambientais ou VLA. Sendo estes:

  • VLA-ED (Valor Limite Ambiental de Exposição Diária): Valor médio de concentração, ponderado em relação a 8 horas (independentemente da duração efectiva da exposição do trabalhador ao poluente). Abaixo do VLA-ED, considera-se que o trabalhador pode permanecer exposto 8 h/dia, 40 h/semana durante toda a sua vida profissional e pós-profissional sem sofrer efeitos decorrentes.
  • VLA-EC (Valor Limite Ambiental de Exposição de Curta Duração): Valor médio de concentração, ponderado em relação a 15 minutos. Contempla a possibilidade de que uma exposição curta ao poluente possa desencadear efeitos prejudiciais para o trabalhador (o que depende do grau de acumulação da substância no organismo, segundo a sua taxa de absorção- eliminação).

É importante ressaltar que nem todas as substâncias referenciadas pelo INSHT têm os dois valores, VLA-EC e VLA-ED. Em qualquer caso, para uma mesma substância, o seu valor VLA-ED sempre será igual ou menor do que o seu VLA-EC.

Para aqueles casos em que um poluente não possui um VLA-EC atribuído, foram definidas umas concentrações máximas de referência. São os chamados Factores de Desvio:

  • Factor de 5 vezes VLA-ED: Valor que não pode ser ultrapassado em nenhum momento, ao longo de todo o período de trabalho diário.
  • Factor de 3 vezes VLA-ED: Valor que não deve ser ultrapassado ao longo do período de trabalho diário por mais de 30 minutos. Podem ocorrer uma ou várias exposições acima desta concentração ao longo do horário de trabalho, porém nunca devem superar os 30 minutos diários.

É importante ter em conta que os valores VLA são estabelecidos considerando exclusivamente a via respiratória como forma de entrada ao organismo. No entanto, os poluentes com capacidade de penetrar no organismo pela pele são marcados com a indicação ''via dérmica".

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