Riscos Eléctricos
4. Efeitos da Corrente Eléctrica
De forma resumida, os efeitos da corrente eléctrica podem ser divididos em:
Efeitos directos
a) Alterações funcionais
Paragem cardíaca:ocorre quando a corrente passa pelo coração, e o seu efeito no organismo traduz-se em uma paragem circulatória por paragem cardíaca.
Asfixia:ocorre quando a corrente eléctrica atravessa o tórax. Impede a actuação dos músculos dos pulmões e a respiração.
Queimaduras: Internas ou externas pela passagem da intensidade de corrente pelo corpo ou pela proximidade do arco eléctrico.
Tetanização ou contracção muscular:Consiste na anulação da capacidade de reacção muscular que impede a separação voluntária do ponto de contacto.
Este fenómeno serve, tal como já foi referido, para definir o conceito de intensidade limite.
Fibrilhação ventricular:ocorre quando a corrente passa pelo coração, e o seu efeito no organismo traduz-se em paragem circulatória por ruptura do ritmo cardíaco.
Apresenta-se com intensidades de aproximadamente 10 mA.
A fibrilhação ocorre quando o choque eléctrico tem uma duração superior a 0.15 segundos; 20% da duração total do ciclo cardíaco médio do homem, que é de 0.75 segundos.
Lesões permanentes: Causadas por destruição da parte afectada do sistema nervoso (paralisia, contracturas permanentes, etc).
b) Alterações secundárias
Queimaduras.
Complicações renais, oculares, auditivas, etc.
Efeitos indirectos
Não são provocadas pela corrente propriamente dita, mas pelos actos involuntários dos indivíduos afectados, tais como pancadas contra objectos, quedas, etc., ocorridos após o contacto com a corrente. Na maioria das vezes, esse contacto irá causar apenas um susto ou uma sensação desagradável, no entanto, pode provocar uma perda de equilíbrio com a conseqüente queda ao mesmo nível, ou a nível diferente, e o perigo de lesões, fracturas ou pancadas com objectos móveis ou imóveis que podem até chegar a causar a morte.
